Short Description
As pessoas mais dignas que são associadas a esta religião são os que têm mais conhecimento, e estes são os sábios.
As pessoas mais dignas que são associadas a esta religião são os que têm mais conhecimento, e estes são os sábios.
E encontramos nos estudiosos da civilização islâmica um sentimento singular de estética, que nunca foi obtido por qualquer outra pessoa em todas as outras civilizações. Nós nem sequer chegamos a conhecer durante o curso da humanidade, quem poderia ter escrito livros em fiqh (entendimento da religião), biografia, hadith (ditos do Profeta), crença ou tabaqat (classes de pessoas). E então, percebemos que os títulos dos livros eram uma parte da estética.
O aspecto fundamental da estética nos títulos dos escritos dos estudiosos da civilização islâmica é o seu interesse na estética verbal e títulos rimados, que foram divididos em duas partes semelhantese. Dando assim, uma composição agradável. Os exemplos são muitos, dentre os quais
Al- Sarem al-Masloul ... ála Shatem al-Rasul (a espada desembainhada sobre o blasfemador do Messangeiro) é o título de um livro escrito pelo grande estudioso islâmico Ibn Taymia sobre a punição daqueles que blasfemam contra o Mensageiro (a paz esteja com ele). O Imam Ibn al-Qayyim escreveu outro livro sobre os tipos de pecados e seus perigos, sob o título al-Jawab al-Kafi ... leman Saal án al-Dawaa al-Shafi (a resposta adequada ... para quem perguntou sobre a medicina curativa). Lessan al-Din ibn al-Khateeb escreveu um livro sobre a história de Granada, na Andalusia, sob o título al- Ihata... fi Akhbar Gharnata (a notificação ... sobre as notícias de Granada). E seu contemporâneo, o grande historiador Ibn Khaldun, intitulou seu livro de história Diwan Al-Mubtadaa Walkhabar ... Fi Tareekh Al-Arab Walbarbar ... Waman A’sarahum Min Zhawi al-Shaan al-Akbar (O registro do assunto e predicado ... na história dos árabes e não árabes ... e os seus dignitários contemporâneos). Al-Maqrizi elaborou sobre a urbanização e os planos do Cairo, sob o título al-Mawa’izh Wali’tibar... Bizhikr al-Khutat Walathaar (Lições e exemplos ... mencionando planos e monumentos). Al-Qalqashandi escreveu sobre regulamentos e leis em seu livro Maather al- Inaqa... Fi Ma’alem al-Khilafa (a impactos da elegância ... nos marcos do califado). No assunto das explicações do hadith, há livros como Fath al-Bari ... Sharh Sahih al-Bukhari (a cessão de Deus ... explicação da narração autêntica de al-Bukhari), por Al-Hafiz Ibn Hajr, al-Minhaj ... Sharh Sahih Muslim ibn al-Hajjaj (a abordagem ... explicação da narração autêntica de Muslim ibn al-Hajjaj) por Imam al-Nawawi, Awn al-Ma’boud ... Sharh Sunan Abi Daud (a ajuda do Senhor ... explicação das tradições de Abu Daud) por Shams al-Haqq al- Adhim Abadi, e Tuhfat al-Ahwazhi ... Sharh Sahih al-Tirmizhi (obra al-Ahwathi ... explicação da narração autêntica de al-Tirmizhi) por Mubarakfuri.
No assunto da doutrina e da história dos debates e discussões, temos o livro de Al-Imam Ibn Hazm al- Fasl... Fi al-Milal wa alhwaa wa anniha (A decisão ... sobre as religiões, inclinações e credos), o livro do grande estudioso muçulmano al-Ghazali al- Iqtisad ... Fi al-I’tiqad (O resumo... sobre a crença), o livro de al-Imam al-Ash’aari al-Ibanah án Ussul al-Dianah (o esclarecimento dos fundamentos da religião), o livro de al Imam Ibn Hajar al-Haithami sobre os desentendimentos entre os companheiros Tatheer al-Jinan Wallisan ... án Thalab Muawiyah ibn Abi Sufian ... Ma’ al-Madh al-Jaliy ... Wa ithbat al-Haq li Ali (a purificação das almas e da língua ... da difamação de Muawiyah ibn Abi Sufian ... com claro elogio ... e prova da razão para Ali).
E as diferentes abordagens nos livros de estudiosos muçulmanos durante os séculos seguintes também seguiram o mesmo sistema. E, em seguida, a estética aumentou ainda mais, encontramos nos títulos dos escritos não apenas um som musical, mas também uma bela imagem com ouro, prata, jóias, estrelas, sóis, luas, mares, rios, córregos, árvores, ramos e frutos. Todas essas coisas foram títulos de livros com conteúdos científicos e acadêmicos que foram desinteressantes, porém é uma marca do enriquecimento do espírito islâmico para a estética. E essa estética se expandiu para incluir detalhes minuciosos. A seguir, apenas alguns exemplos
Ouro, pérolas e jóias
A maior enciclopédia sobre história e países - depois da História de al-Tabari - foi o livro de al-Mas'udi (falecido em 346 dH) sob o título de Muruj al-Zhahab wa Ma’adin al-Jauhar (os campos de ouro e minerais de jóias). Houve também a interpretação do Alcorão de al-Imam al-Tha’alibi, cujo título é al- Jawahir al-Hissan Fi Tafsir al-Qur'an (as belas jóias na interpretação do Alcorão). Al Imam Ibn Abdel-Bar escreveu um resumo sobre as batalhas do Profeta (a paz esteja com ele) sob o título de al- Durar Fi Ikhtisar al-Maghazi Wassiar (as pérolas na simplificação das batalhas e biografias). Mihieddin ibn Abu al-Wafaa escreveu um livro sobre os líderes da escola Hanafi de fiqh, intitulando-o al-Jawahir al - Mudiah Fi Tabaqat al-Hanafia (as jóias brilhantes nas classes de al-Hanafia). O historiador da época mameluca Abu Bakr al-Dawdari compilou um livro com este título Kanz al-Durar Wa Jámi’ al-Gurar (o tesouro de jóias e colecionador de pessoas eminentes). Al Imam Ibn Hajar, então, escreveu sobre figuras do século oitavo da hijrah, sob o título al-Durar al-Kaminah Fi Aiyan al- Miáh al-Thaminah ou (as pérolas escondidas nos dignitários dos oitavo século). Quando o Imam al-Suiuti interpretou o Alcorão, denominou a sua interpretação de al-Dur al-Manthur Fi al-Tafsir Bilma’thur (a pérola espalhada de interpretação com dizeres transmitidos). Ibn al-Imad al-Hanbali compilou um livro sobre história denominado Shuzhurat al-Zhahab Fi Akhbar Man Dahab (fragmentos de ouro nas notícias dos antecessores). Há também al-Lala’li’ al-Masnu’a Fi al-Ahadith al-Maudhu’a (as pérolas feitas sobre os Hadith forjados) por Al-Suiuti, al-Dur al-Massun Fi Ílm al-Kitab al-Maknun (as pérolas preservadas na ciência do livro oculto) sobre ciências corânicas por al-Semin al-Halabi, Kanz al-Úmmal Fi Sunan al-Aqwal Wal af’al (o tesouro dos trabalhadores na tradição das palavras e atos) por Alaa Eddin al Mottaqi al-Hindi, Kanz al-Daqa'iq (o tesouro das precisões) por Abu Al-Barakat al Nasfi, sobre a jurisprudência Hanafi, e al-Lu'lu’ Walmarjan ... Fima Itfaqa Alaihi al-Shaikhan (as pérolas e os corais ... no que foi acordado pelos dois sheikhs (Al Bukhari e Muslim)) por Mohammed Fuad Abdul-Baqi.
A luz, o céu e os corpos celestes
Al-Qalqashandi compilou uma enciclopédia sobre literatura, história, política e poesia e a intitulou Subh al-A’sha Fi Sina’at al-Insha ou (a manhã da noite cega na indústria da composição). Ibn Taghri Bardi escreveu um livro de história e denominou-lhe al-Nujum al-Zahera Fi-Muluk Misr Walqahira (as estrelas brilhantes sobre os reis do Egito e Cairo). Al-Siraj al-Munir (a lâmpada que brilha) é o título da interpretação do Alcorão compilado por Shams Eddin al-Shirbini. Abu Hafs Seraj Eddin al-Nashar escreveu um livro sobre a ciência da recitação do Alcorão e o intitulou al-Budur al-Zahera fi al-Qiraat al-Áshr al-Mutawatira (as luas cheias brilhantes sobre as dez recitações reiteradas). Al Imam Ibn al-Mulqqin se empenhou na explicação do hadith e tradições proféticas citadas no livro de Al Imam al-Rafi’i sobre a escola Shafi'i de fiqh, intitulado al-Fath al- Aziz Fi al-Sharh al-Uajiz (a conquista gloriosa para a explicação do resumo). Sua obra foi intitulada al-Badr al-Munir Fi Takhrij Al-Ahadith Wal athar al-Waqeaa Fi al-Sharh al-Kabir (a lua brilhante para a explicação dos ahadith e tradições citadas na grande explicação) . Al Imam Shams Eddin al-Maradini explicou al-Waraqat (os pergaminhos) escrito por Imam al-Haramain al-Juaini sobre os fundamentos do fiqh (jurisprudência). Ele escreveu al- Anjum al-Zahirat Ala Hal Alfadh al-Waraqat (as estrelas brilhantes para a explicação dos termos dos pergaminhos). E quando Al Imam Ibn al-Kaiyal identificou os narradores de confiança que foram acusados de mistura (misturar as informações das transmissões e textos), ele escreveu um livro intitulado al-Kawakib al-Nairat Fi Ma’arifat Man Rumia Bil ikhtilat min al- Ruat al-Thiqat (as estrelas brilhantes na identificação dos narradores de confiança que foram acusados de mistura). Al Imam al-Suiuti compilou os fundamentos do fiqh (jurisprudência) em forma de poesia e a denominou al- Kawakab al-Sati’a ... Nadhm Jam’ al-Jauami’ (a estrela brilhante ... na poesia da compilação). Ele também escreveu al-Budur al-Safira Fi Omur al-Akhira (as estrelas claras nas questões da Vida Eterna). Vamos concluir esta parte com este título atraente que foi usado pelo al-Imam al-Safarini para seu livro doutrinário Lawami’ al-Anwar al-Bahiya Wasauati’ al-Asrar al-Atharia Lisharh al-Durra al-Mudhiya Fi Aqd al-Firqa al-Mardhiya (as maravilhas das luzes brilhantes e o esplendor dos segredos narrados para a explicação da pérola radiante sobre a doutrina do grupo correto).
Mares, rios e riachos
Ter muito conhecimento sempre foi comparado como um mar em nossa civilização islâmica. Frases como essas são muito comuns nos livros de biografia Fulano... o mar das ciências, a ciência jorra de seus lados, e palavras similares como fonte das ciências e primavera das ciências. Essas semelhanças foram misturadas com as imagens naturais para produzir o sentido, e muitas vezes, esses títulos eram utilizados para expressar o conteúdo do livro. Dentre os exemplos
Al Imam Ibrahim ibn Muhammad al-Halabi escreveu um livro sobre a escola Hanafi de fiqh, dando-lhe um título agradável Multaqa al-Abhur (a confluência dos mares), em seguida, Sheikhi Zada explicou esta obra sob o título Majmaa al-Anhur ... Sharh Multaqa al-Abhur (a confluência dos rios ... a explicação da confluência dos mares). Al Imam Ibn Jamaa’ escreveu um livro sobre a ciência do Hadith e nomeou-o al-Manhal al-Rawiy Fi Mukhtasar Ulum al-Hadith al-Nabawi) (a fonte irrigante no sumário das ciências do dito profético). Ibn Taghri Bardi compilou um livro sobre as biografias dos seus estudiosos de sua época, sob o título Al-Manhal al-Safi Wal Mustaufa Baad al-Wafi (a fonte pura e completa após al-Wafi suficiente). Al Imam Ibn Najim al-Hanafi explicou o livro Kanz al-Daqaiq (o tesouro das precisões), sob o título al-Bahr al-Ra'iq ... Sharh Kanz al-Daqaiq (o mar calmo ... explicação do tesouro das precisões). Al Imam Abu Haian al-Andalusi interpretou o Alcorão Sagrado, com o título al-Bahr al-Muhit (o oceano). Sob o mesmo título, Al Imam Al-Zarkashi escreveu um livro sobre os fundamentos do fiqh (jurisprudência). E a interpretação do Alcorão do Sheikh Al-Shanqiti foi publicado com o título al-Azhb al-Namir Min Majalis al-Shanqiti Fi al-Tafseer (a doçura clara das reuniões de Al-Shanqiti na interpretação). Al Imam Al-Samrqandi tinha outra interpretação do Alcorão, com o título Bahr al-Ulum (mar das ciências).
Jardins, flores e frutas
Al Imam Ibn Hibban escreveu um livro sobre pregação e raqaíq (palavras e tradições ternas), intitulado Raudhat al-Uqalá Wanuzhat al-Fudalá ou (o jardim de pessoas sábias e o prazer das pessoas virtuosas). Quando Al Imam al-Suhaili escreveu sobre a biografia e as características do Profeta (a paz esteja com ele), nomeou-o al-Rawd al-Anif (o jardim natural). Al Imam Ibn al-Jauzi escreveu sobre a pregação com o título Bustan al-Waízhin Wa riad al-Sami’in (o pomar dos pregadores e jardim dos ouvintes). Shehab Eddin Abu Shama escreveu sobre a história dos Estados Nuriya e Salahya sob o título al- Raudatain fi Akhbar Al Daulatain (os dois jardins sobre as notícias dos dois estados). Quando Al Imam al-Nauawi compilou um livro contendo as virtudes e ética do Islam, ele o denominou Riadh al-Salihin Min Kalam Saiyed al-Murssalin (os jardins dos virtuosos das palavras do mestre dos mensageiros). Em seguida, ele escreveu o livro Raudhu al-Talibin (o jardim dos que procuram) sobre fiqh da escola Shafi’i. Al-Himiari denominou seu livro de história al-Raudh al-Mi'itar Fi Khabar al-Aqtar (o jardim perfumado sobre a notícia dos países). Sobre al raqaíq (tradições ternas), Al Imam Ibn al-Qayim escreveu Raudhat al-Muhibbin Wanuzhat al-Mushtaqin (o jardim dos amantes e prazer dos anciosos). Al Imam Ibn al-Jazari escreveu al-Zahr al-Fatih Fiman Tanazzaha án al-Zhunub Wal Qabaíh (as flores se abrindo sobre quem se purificou dos pecados e corrupções). Sobre Al-Khidr (Que Allah esteja satisfeito com ele), Al-Hafidh Ibn Hajar escreveu al-Zahr al-Nadir Fi Akhbar al-Khidr (as flores brilhantes sobre as notícias de al-Khidr). Al-Suiuti compilou um livro intitulado Al-Raudh al-Aniq Fi Fadhl Al-Siddiq (o jardim elegante sobre a virtude de Abu Bakr al-Siddiq). Ibn Ghazi escreveu sobre a história da cidade de Miknassa al-Raudh al-Hatun Fi Akhbar Miknassa al-Zaitun (o jardim de frutas ricas sobre as notícias de Miknassa al-Zaitun). Ibn Ias escreveu um livro de história intitulado Badai’ al-Zuhur Fi Waqai’ al-Duhur (as maravilhas das flores sobre os fatos das épocas), e al-Maqri escreveu sobre a história da Andalusia o livro intitulado Nafh al-Tiib Min Ghusn al-Andalus al-Ratib (a fragrância agradável sobre o ramo fresco da Andalusia). E no século 12 da hijrah, Muhammad ibn Isa ibn Kinan escreveu sobre as leis do califado e sultões, e denominou seu livro Hada'iq al-Iasamin Fi Zhikr Qauanin al-Khulafa Wal salatin (os jardins de jasmim sobre a menção das leis do califado e dos sultões). Al-Qannuji escreveu um livro sobre fiqh (jurisprudência) conforme a escola al-Zaidiyah, sob o título Al-Raudha al-Nadiya ... Sharh al-Durar al-Bahiya (o jardim orvalhado ... explicação das pérolas brilhantes). E Saiyd Qutub escreveu a interpretação do Alcorão Sagrado e intitulou-a Fi Dhilal al-Qur'an (Sob as sombras do Alcorão).
E assim por diante, há muitos exemplos desse tipo. Essa multiplicidade conclui um consenso e nos dá a certeza do sentido estético que foi adquirida pelos homens da civilização islâmica, e tal beleza foi assimilada do Alcorão e da Sunnah (tradição profética).
Comentários
Envie o seu comentário