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O Islam garantiu a liberdade de pensamento, isto se esclareceu explicitamente quando o Islam convocou para o uso da razão e do pensamento em todos os cantos do Universo, com seu céu e sua terra e incentivou isso com abundância.
O Islam garantiu a liberdade de pensamento, isto se esclareceu explicitamente quando o Islam convocou para o uso da razão e do pensamento em todos os cantos do Universo, com seu céu e sua terra e incentivou isso com abundância. É parte dessa convocação o dizer de Allah, exaltado seja: [Dize: Apenas, exorto-vos a uma única questão: a vos manterdes, diante de Allah, de dois em dois ou de um em um, em seguida a refletirdes] (Sabá: 46). E disse também: [Acaso, não caminharam eles, na terra, e tiveram corações com que razoassem, ou ouvidos com que ouvissem? Pois, por certo, não são as vistas que se enceguecem, mas se enceguecem os corações que estão nos peitos] (Al hajj: 46).
O Islam ainda atribuiu a falha a aqueles que desempregam suas capacidades mentais e sentimentais no cumprimento de sua missões, e os condenou a um nível mais baixo que o nível dos animais irracionais. Disse Allah, o Altíssimo: [Eles têm mentes com as quais não pensam, e têm olhos com os quais não vêem, e têm ouvidos com os quais não ouvem. Estes são como os gados, porém são ainda piores. Estes são os desatentos] (Al A´raf: 179).
E o Islam promoveu uma feroz campanha contra os que seguem as ilusões e as conjecturas. Disse Allah, o Altíssimo: [Não seguem senão as conjecturas. E, por certo, as conjecturas de nada valem diante da verdade] (Annajm 28). Também foi contra os que imitam os antepassados ou os líderes sem observar se estão em verdade (se têm razão) ou em falsidade, degradou-os dizendo: [E disseram: Senhor nosso! Obedecemos a nossos senhores e a nossos magnates, então, eles desviaram-nos do caminho] (Al Ahzab: 67).
O Islam se baseia nas provas racionais para comprovar a crença islâmica, por isso, os sábios muçulmanos dizem que “a razão é a base da transmissão (da revelação)”. Portanto, a questão da existência de Allah se constitui com a comprovação do raciocínio, a questão da profecia de Muhammad (a paz esteja com ele) também se firmou através do raciocínio inicialmente, em seguida, os milagres comprovaram a autenticidade de sua profecia. Isto é o respeito do Islam pelo raciocínio e pensamento.
O pensamento no Islam é considerado uma obrigação religiosa, não é permitido ao muçulmano abandoná-lo em qualquer situação. O Islam abriu extremamente as portas para a utilização do pensamento nos assuntos religiosos para ser possível a busca de soluções legais para tudo o que se renova de questões na vida, os sábios muçulmanos denominaram este assunto de “al ijtihad” (empenho e diligência particular para a solução das questões que não têm texto específico), com o significado de se apoiar no pensamento para a extração das leis religiosas[1].
“Al Ijtihad” – que materializa a liberdade de pensamento no Islam - teve grandiosa influência no enriquecimento dos estudos da lei islâmica entre os muçulmanos e no encontro de soluções rápidas para as questões que não tinham similar na primeira época do Islam. A partir desse esforço, nasceram as famosas escolas de entendimento religioso islâmico (mazhahib al fiqh), e o mundo islâmico vive conforme os seus ensinamentos até os dias de hoje.
Assim é o apoio do muçulmano sobre o seu raciocínio e pensamento - no que é duvidoso e confuso para ele dos assuntos de sua vida e sua religião, daquilo que não tem texto religioso específico – que é o primeiro pilar na posição racional firme do Islam. Esta posição é considerada a base sobre a qual os muçulmanos construíram sua civilização florescente durante a história do Islam[2].
[2] Mahmud Hamdi Zaqzuq: O ser humano é legatário de Deus – O pensamento é uma obrigação. Artigo publicado no jornal Al-Ahram, a edição 1 de Ramadan 1423, novembro de 2005.
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