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O filhos no Islam são o floreio da vida terrena e seu enfeite, são a alegria da alma e o deliciar dos olhos. O Islam tem zelo exclusivo pelos filhos, por isso, a lei islâmica estabeleceu direitos e deveres para os filhos em relação aos pais.
A primeira imagem da vida que se forma no espírito do filho está influenciada pelo ambiente de seus pais. Aprendemos isso pelo que é narrado da palavra do profeta (a paz esteja com ele): “Todo recém nascido nasce na fitrah (estado natural), então seus pais o fazem judeu, cristão ou zoroastriano”[1]. Portanto, os pais tem grande influência na religião e na conduta dos filhos, por isso a virtude dos filhos e o futuro da nação depende muito da integridade dos pais. Baseando-se nisso, os direitos dos filhos antecedem o nascimento, onde temos a escolha da mulher virtuosa e do pai virtuoso, como esclarecemos anteriormente.
Depois de os cônjuges serem guiados para a boa escolha de seu respectivo parceiro, vem o direito da criança de ter a proteção do Satanás. Isto é demonstrado pelo profeta ao recomendar a prece antes do ato sexual. Ibn Ábbass narra que o profeta (a paz esteja com ele) disse: “Quando alguém de vós se unir à sua esposa diz: Em nome de Allah, Ó Allah nos evite o Satanás, e evite o que nos der (de filho) o Satanás” e for decretado entre vós um filho, ele não o prejudicará”[2].
E quando torna-se um feto dentro do útero materno o Islam lhe dá o direito a vida, pois a lei islâmica proíbe o aborto do feto porque é uma responsabilidade depositada por Allah em seu útero. Este feto tem direito a vida, por isso não é permitido lesá-lo ou prejudicá-lo. A lei islâmica o considera uma pessoa que não pode ser morta ao se passarem quatro meses de gestação e for soprado o espírito nele, e tornou obrigatória a indenização (addiah) sobre quem matá-lo. Al Mughirah ibn Shu´ubah disse: Uma mulher atingiu outra mulher grávida com um pilar e a matou junto com seu feto. Levaram o caso até o profeta (a paz esteja com ele), e um homem da família da assassina disse: Pagaremos indenização de quem não come nem bebe e nem veio ao mundo? O profeta (a paz esteja com ele) disse: “Sotaque igual o sotaque dos beduínos[3]”[4]. E sentenciou a libertação de um escravo[5] e o tornou obrigatório sobre a tribo da mulher.
A lei islâmica também permitiu a quebra do jejum durante o mês de Ramadhan para a mulher grávida como proteção da saúde do feto, assim como permitiu a prorrogação da punição do adultério até que o feto nasça e conclua o período de amamentação.
[2] Al Bukhari (4767), e Muslim (1434).
[3] Os estudiosos dizem que: "O Profeta criticou a frase dita por este homem por duas razões: Primeiro, porque ele se opôs à lei de Deus e queria anulá-la. E segundo, porque ele dissimulou e fingiu o seu discurso. Os dois aspectos são considerados impróprios. Veja: Al-Nawaui: Al Minhaj Fi Sharh Sahih Muslim Ibn Al Hajjaj 11/178.
[4] Al Bukhari: Kitab at-Tib (Livro de Medicina) (5426), Muslim (1682), Abu Daud (4568), Annassaí (4825), Ibn Hibban (6016), e autenticado por Al Albani.
[5] Veja: Al-Nawaui: Al Minhaj Fi Sharh Sahih Muslim ibn Al Hajjaj (O Sistema na Interpretação da Coletânea de Muslim ibn Al Hajjaj) 11/175, 176.
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